A IQUIETAÇÃO DE MINHA ALMA RESVALA
NA INQUIETUDE DO LABERINTO DO VIVERTENTO NA SOMBRA ME ESCONDER
MAS A IQUIETAÇÃO ME LEVA A SE MEXER
QUANTOS GRITOS, AMIGO... QUANTA DOR
DE DENTRO AFLORA A ANGÚSTIA DE UM SONHADOR
QUE CHORAVA NOS BECOS SUJOS DA FAVELA
E LOGO ANDAVA EM MEIO AOS MAIS NOBRES DA GALERA
AINDA IQUIETO SOFRE O CORAÇÃO
NO ENTANTO AGORA HÁ ESPERANÇA
JÁ CONSIGO PERMANECER MAIS A SOMBRA
E ABRIGADO POR ESTA SOMBRA SINTO PAZ
ANGELO DE SA
2 comentários:
Olá Angelo,
Gostei de tua poesia. A algum tempo eu escrevi algumas e coloquei em um site que a tua escrita me fez rever após anos. Gostaria de compartilhar contigo:
Eu queria saber dizer tantas coisas,
Sei que sou mais um em meio à multidão,
No jogo da vida o menor, o peão,
Mas tua bondade quis saber meu nome.
Saber expressar tantos sentimentos eu queria,
Colocar em palavras todas as cores,
Da escura e sombria dor,
Chegar à perfeita alegria.
Ah, como me moldaste,
Do barro sem forma ao menino que sou,
Em tuas divinas mãos minha alma se expande,
Com um toque diz: ande, cante, plante.
Na senda da vida tropeçarei,
Algumas pedras a desviar, outras a carregar,
A esperança pulsa no coração,
Que vislumbrando o céu verei tua mão.
Na agonia os joelhos foram ao chão,
Tal o ancião curvado supliquei em lágrimas,
Não havia cor, não havia som,
E quando o sol apagou, vi como és bom.
Até então tinha apenas ouvido,
Até então com esperança crido,
Até então apenas falado,
Calado agora o milagre sentido.
Desde então se pôde sentir
Que as dores não importunam como antes,
O feio dá lugar ao belo,
Existe esperança ante o flagelo.
Desde então se pôde ver
Que a distância existe caso eu queira,
Ao toque das mãos,
Extirpa-se a cegueira.
Desde então se pôde falar
Na língua dos anjos,
No gesto do corpo,
Na promessa da terra aos mansos.
E assim eu faço, galgo o monte,
E quando o terreno ceder,
E quando a fadiga chegar,
Espero de ti o perdão merecer.
Grande abraço.
É isso ai Rodrigão, deixar a alma chorar traz refrigério.
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