08/12/2008

UMA FOTOGRAFIA DE DEUS. ( 3° PARTE)

A revelação do DEUS de Amor

O amor, ou convive com o caos para estar junto ao objeto de amor ou não é amor.

Se VOCÊ quiser ter sua casa em ordem é simples, abafe todas as vontades que lhe sejam rivais, tenha o controle absoluto, ordem absoluta: Não pise no tapete, sai desse sofá que ele é de visita, limpe esse nariz... Ninguém pode questionar a ordem e quando uma mínima coisa esta fora do lugar VOCÊ entra em pânico e esbraveja encima de quem lhe roubou a ordem. Mas o Deus do Genesis não é o Deus da ordem, mas sim do amor, e a relação de amor tem a ordem como palco, porém não como finalidade.

Esses dias assisti um filme com a minha esposa Paula e meu filho Gabriel, ele chamava “Os meus, os seus, os nossos.” O filme conta a história de um homem e uma mulher que se conheceram quando mais jovens e se encontram mais tarde, o homem é um Almirante Naval com oito filhos e a mulher uma artista plástica com dez filhos. Eles se encontram e começam um relacionamento e decidem viver juntos. Compram uma casa e la vai aquelas duas famílias com educações totalmente opostas viverem sob o mesmo teto, a família do almirante era totalmente disciplinada pelo fato de ele estabelecer a ordem e a família da artista plástica vivia livremente com muitas desordens. Os conflitos começaram e as crianças decidiram armar contra os dois para separar as famílias novamente e viverem cada um com seus costumes anteriores e assim fizeram. Ele odiava que apertasse a pasta no meio do tubo, deixasse a tampa fora do tubo etc., ela gostava que seu ateliê ficasse do jeito que ela deixasse ( com muita desordem ) pois ela acharia o que precisasse quando fosse a procura. As crianças usaram isso para fazerem com que brigassem. Bom resumindo, eles brigaram, se entristeceram e resolveram desfazer o relacionamento pois a ordem de um estava sendo afetada e os costumes do outro estava também sendo afetado. As crianças observaram que isso gerou tristeza no coração de seus pais e que o amor que eles estavam desfrutando antes de eles aprontarem era algo mais importante que suas diferenças. Bolaram um plano de reconciliação e priorizaram o amor em meio a desordem.

É melhor viver numa casa em ordem, mas uma ordem que sufoca o amor é uma ordem diabólica.

E aí o Deus que sai do paraíso tem que conviver com o problema da liberdade, com o caos, com a desordem. Essa desordem se prolonga tanto que os rebeldes se dividem e alguns rebeldes tentam voltar para ordem, se organizam e se investem de uma prerrogativa de defensores de ordem divina e nós chamamos esses rebeldes que querem a ordem de RELIGIOSOS. E eles lembram com saudades de tudo que era ordem e começam a gritar a Deus pela ordem e não admitem nenhuma desordem. Vemos em nossos dias que se há alguém com uma febre (desordem) logo alguém esbraveja: Deus acabe com essa febre. Um conflito entre família(desordem): Deus acabe com o conflito. Uma crença divergente da nossa (desordem) Deus acabe com essa desordem. E tentamos manipular DEUS para que ele coloca as coisas em ordem. Ora qual é o Deus que prioriza ordem? É um Deus que fala e todo mundo obedece, é um Deus que impõe a sua vontade a força, e esse pessoal que privilegia a ordem fica clamando a Deus para que ele venha e se imponha porque ele é a ordem e se imponha com seu poder realizando sua vontade na marra.

E Deus diz: NÃO, NÃO FUNCIONA ASSIM, pois eu não sou o Deus da ordem, o Deus da ordem já teria destruído tudo isso, eu sou o Deus do Amor, eu interpelo, eu chamo, eu sofro, eu choro, lamento. Eu não sou o da força, eu sou o do amor, o meu projeto de parceria continua valendo, tenho um contrato celebrado com o alguém que criei, e eu não vou colocar a ordem acabando com as liberdades, não vou estabelecer a ordem cancelando meu contrato de amor, eu só quero andando comigo consciências livres e só quero relações voluntárias eu não quero relações ordeiras, mas amorosas.

Aí vemos que Deus levanta os profetas e os profetas dizem: Ei rebeldes, Deus é amor e ele quer uma parceria com vocês abandone a rebeldia. Os rebeldes matam os profetas, aí ele manda o filho dele e os rebeldes matam o filho dele.

Quando Jesus entra em Jerusalém, ele não entra em um cavalo branco com capa cintilante como filho do rei para colocar a casa em ordem mas em um jumentinho, não como filho do rei, mas como Isaias descreveu no capitulo 53, como servo sofredor. Ele convida para uma relação de amor, para uma parceria de amor e não para por tudo em ordem.

Baruc Haba Hashem Adonai
Bendito o Que Vem em Nome do Senhor

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